Há alguns dias, vi na televisão um documentário sobre John Ford, onde Steven Spielberg participava numa pequena entrevista. Disse Spielberg que conheceu Ford quando ainda era um adolescente já aspirante a realizador. John Ford concedera-lhe 1 minuto do seu precioso tempo e mandou Spielberg olhar para uma série de quadros (acho que de Turner, como um destes que pus aqui, mas não tenho a certeza; o outro quadro que figura aqui é de Renoir) e perguntar-lhe o que tinha a dizer daquilo. Spielberg fico algo atrapalhado, e Ford mandou-o olhar para a linha do horizonte em cada quadro que via. "Onde é que está a linha do horizonte neste quadro? Em cima, a meio ou em baixo?", perguntou o velho realizador, que já na altura, ao que parece, era irascível e intimidante. "Em baixo", respondia Spielberg, ou "em cima". Não havia nenhum quadro em que a linha do horizonte estivesse a meio.
"Quando souberes a diferença ente colocar a linha do horizonte em cima ou em baixo, e não ao meio, serás um grande realizador", foi a avisada e peremptória sentença de Ford a Spielberg. Está mesmo muito boa, esta, achei eu. Fui ver uma data de quadros, e tenho prestado atenção à linha do horizonte nos filmes que vejo, e de facto está mesmo bem visto.
"Quando souberes a diferença ente colocar a linha do horizonte em cima ou em baixo, e não ao meio, serás um grande realizador", foi a avisada e peremptória sentença de Ford a Spielberg. Está mesmo muito boa, esta, achei eu. Fui ver uma data de quadros, e tenho prestado atenção à linha do horizonte nos filmes que vejo, e de facto está mesmo bem visto.
2 comentários:
Ainda ontem estive a falar com o meu pai sobre esse documentário. Que bom serão passei a ouvir tantas pessoas que admiro.
Um beijinho e até amanhã.
Sério? Muito interessante, muito mesmo... vou estar atenta
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