quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Pensamentos kafkianos

A frase de que me lembro melhor da Metamorfose não é nada de especial objectivamente, embora para mim seja muito especial e verdadeira. A frase é: "não há nada mais degradante do que acordar cedo". Com isto, tenho de concordar, por mais que agora tente prestar atenção ao sábio Marco Aurélio, acordar como um homem, ao trabalho, com força, etc.

Sinceramente, não percebo como é que ainda não me levantei trôpega, a achar que qualquer coisa se passava de muito estranho, acendi a luz, olhei para o espelho e vi uma enorme aranha de olhos vermelhos, inúmeras pernas pegajosas e grandes mandíbulas a olhar de volta.



Não sei porquê, vejo-me mais como aranha do que como barata. As aranhas são limpinhas.

Não são?
Ao menos isso.

3 comentários:

Unknown disse...

Odeio aranhas.

Aquela que procura Oz disse...

Esta não é uma aranha qualquer; é uma das "Maman" da Louise Bourgeois. É protecção, paciência e força.

Rita F. disse...

Aquela que procura Oz, escolhi a aranha precisamente por ser da Louise, pois gosto muito das suas aranhas, mas não sabia que estavam associadas a essas coisas tão positivas, protecção, paciência, força. Ainda bem que me diz e ainda bem que escolhi a aranha e não a barata.