terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Being Caravaggio

Caravaggio, de Derek Jarman, é um filme lindíssimo por várias razões. Visualmente, é perfeito. É um jogo de reconhecimento constante com as obras de Caravaggio (e não apenas com estas, recriando outras obras de arte como a Morte de Marat, por exemplo, que é a que me lembro melhor). Não é um filme-biografia sobre Caravaggio mas é muito mais do que isso, uma história de amor, um triângulo amoroso, um homem valdevinos, a crueza da vida, um ensaio (ou uma explicação) sobre a criação e a arte, a cisão entre o homem e o artista. Já Woody Allen também pensou sobre isto, mas de forma completamente distinta, no também belíssimo Sweet and Lowdown, em que Sean Penn é um músico divino, mas um homem insuportável.
Gosto muitíssimo de Caravaggio, de modo que este filme me atraiu naturalmente. Mas penso que qualquer pessoa poderá gostar do filme mesmo que não goste particularmente de Caravaggio. Basta gostar de filmes muito bonitos.
Encontrei aqui, num blog qualquer, um texto bastante interessante sobre o dito filme, muito bem acompanhado de fotografias que comparam cenas da película com quadros de Caravaggio, para quem gostar deste último e de Jarman. Muito giro.
Resta dizer que Derek Jarman já morreu, vítima do HIV, em 1994. Mas era um fixe.

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