Respondendo a este desafio do manuel a. domingos (obrigado, manuel!), deixo aqui a 5ª frase da página 161 do livro que estou a ler:
"During spells of over-excitemente he was the only doctor who could 'do anything with her.'"
Tender is the Night, F. Scott Fitzgerald.
Acho que isto era o F. Scott, outra vez, a dizer mal da mulher, da Zelda Fitzgerald.
Adoro dizer este nome: Zelda Fitzgerald, Zelda Fitzgerald, Zelda Fitzgerald...
Soa tão bem, com a personalidade e o zumbido de todos os "zês". Há letras com uma grande sonoridade, e que transmitem aos nomes próprios essa sonoridade carismática. O Z, o R (não estou a puxar a brasa à minha sardinha, como se diz, mas acho o R uma letra toda cool. Não gosto de Rute, mas gosto de Rebeca, por exemplo, que está nos píncaros da piroseira, mas que é também o nome do livro da Daphne du Maurier e respectivo filme do Hitchcock. Se a personagem, em vez de se chamar Rebeca, se chamasse Patrícia, peço desculpa mas não era nada a mesma coisa, e isto porque o P não é bem, bem um R - um R faz sempre falta, como se vê pelo exemplo do Ricardo Coração-de-Leão, que salvou Inglaterra), o C (pronunciado "k" - Katarina, por exemplo), o F, são letras assertivas. Gosto delas.
E também acho que o F. Scott devia ser daqueles tipos que se irrita imenso com as mulheres. Ao que parece, não tinha muita paciência para a sua própria mulher, e inventou muita personagem feminina insuportável, problemática, neurótica (a Daisy do Gatsby é das personagens literárias que eu mais odeio, e curiosamente é também uma das razões para eu gostar tanto deste livro).
E pronto, a frase é aquela que eu acima escrevi.
Deixei a capa do Tender no post porque o cabelo da menina, e a fotografia em geral, é mesmo giro e merece ser apreciado.
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