segunda-feira, 1 de março de 2010

Coisas que não compreendo

Há coisas neste mundo que a minha vã filosofia não alcança, talvez por ser vã, talvez porque o engenho e a arte não me têm ajudado.
Primeiramente, não compreendo o beicinho da Angelina Jolie. Quer dizer, um monumento lindo de morrer, com uma das combinações de que eu mais gosto (cabelo escuro e olhos claros), giríssima, e depois estraga tudo sempre com aquela boquinha irritante:


Porquê?! Não compreendo.
O meu conselho à Angelina é: como diz Castiglione, sobre o qual escrevi ali em baixo, um pouquinho de naturalidade é o que se pede. Veja lá isso, Angélica.

A segunda coisa que eu não compreendo, e que é ainda mais grave, é a Kelly Family. Eu não sei se a Kelly Family ainda existe. Aliás, eu não tenho sequer a certeza de a Kelly Family ter alguma vez existido. A minha opinião é a de que alguém pegou nas tartarugas ninja e as tornou mais antropomórficas, em versão alemã (a Kelly Family era, alegadamente, um grupo musical composto por uma família alemã, tios, irmãos, primos, cunhados, uma misturada, que vinha da Alemanha. Em Portugal, lembro-me de serem muito populares quando eu era adolescente, há muitos anos):




Estes Kelly Family, como se constata, tinham dois predicados: eram todos feios; eram todos assustadoramente parecidos uns com os outros. Pareciam os Habsburgo, o produto de incesto e reprodução plurigeracional sempre dentro da mesma família. Ou então, pareciam a versão mutante dos Habsburgo. Um susto.
As raparigas cantavam como os rapazes e os rapazes cantavam como as raparigas. Era uma coisa incompreensível. Banda que desafiasse tanto, e tão ostensivamente, as convenções de género, só talvez os Hanson, outro fenómeno musical que a História, e bem, escolheu não registar (pelo menos, espero que não):



Estes são os rapazes/raparigas dos Hanson.
É isto. Alguém que me explique a Kelly Family, se alguém ainda se lembrar deles. E, já agora, também os Hanson. Bandas familiares não é comigo, é a conclusão que retiro desta história toda.
Devo confessar que tinha saudades de um post maledicente, que me esvaziasse toda a bílis. É feio. E já está.
Para acabar em beleza, deixo aqui a Kelly Family em acção. Acho que o Wes Craven devia pôr os olhinhos na performance desta gente, é o que tenho a dizer.

3 comentários:

ecila disse...

hahaha nao podia concordar mais, o beicinho da Angelina sempre me fez espécie :-P
(os alemaes falam tao mal da Kelly family que pensei que fosse uma familia holandesa)

fado alexandrino. disse...

Gostei imenso de parte deste post, porque fui lendo até chegar ao boneco da Angelina e aí parei e depois já foi difícil continuar a ler.
Vi alguns filmes dela e quando saí do Changeling, desculpem não sai nada porque vejo-os todos em casa, fiquei estarrecido não só pelo desempenho mas mais ainda pela história.
Uma pessoa pode desaparecer sem deixar rasto se incomodar quem estiver num lugar de muito poder.
Era um filme mas parecia real.
Quanto ao beicinho pois, presumo que todos os homens ficam presos por ele, eu pelo menos digo sim e mais sim.

Rita F. disse...

Ecila, acho que tens razão! Fui confirmar à Wikipedia, e parece que eles são de todo o lado, Bélgica, Alemanha, Holanda... eu tinha impressão de que eles eram apenas alemães, mas parece que não. Da mesma forma que não têm género definido, também não têm nacionalidade definida. Cada um é como cada qual.

Fado, a rapariga é um estrondo, isso eu não nego. Mas ao beicinho não digo sim, que me dá vontade de lhe puxar a boca até aquilo normalizar. Quanto ao Changeling, estou há que tempos para ver. Parece que a Angelina vai bem, sim, com ou sem beicinho.