Muitas vezes, envio emails a mim própria. É um método eficaz e seguro para guardarmos documentos e material necessário, escusando de dependermos de pens e computadores e outras coisas que se podem avariar (comigo, avariam-se sempre).
E porém. Isto de me enviar emails é fenómeno que não cessa de me espantar e confundir. Os filósofos do século XIX e da escola romântica, soubessem eles desta invenção magnificente que é a Internet, e ficariam com certeza com a cabeça descontrolada, de tanto que teriam para dizer. Estou mesmo a ver o desespero acerca da perda da individualidade, a fragmentação da identidade. Tenta lá ser a flauta divina que Deus toca ao escreveres poemas num blog, ó Shelley. Fazeres uns copy paste deste e daquele, aqui e ali. E depois reencaminhares para ti próprio. Não há grande divindade nisso, pois não?
Mas, por exemplo, Schopenhauer. Considero que a internet e a possibilidade de enviarmos emails a nós próprios é coisa capaz de dar cabo da cabeça ao pobre Schopen. Hã? Então mas... que vontade é esta e ... solipsismo? Então como, se eu não sei onde está o meu Eu? Está no facebook? Está nos 10 endereços electrónicos diferentes? Está nos vários blogues que escrevo? Pois, agora assim de repente não consigo muito bem perceber onde é que está o meu Eu, e sendo assim isto do solipsismo ... se calhar convinha primeiro ver onde é que está a consciência de si e tal... talvez no facebook? O facebook parece-me bem, vou começar por lá e...
Pobre Schopen. Ainda bem que não nasceu nesta altura, se não andava para aí a bater com a cabeça nas paredes, desgovernado.
Os Gregos é que estariam muitíssimo bem preparados para a internet. O quê, mandar emails a nós próprios? Pffff, faço isso todos os dias ao pequeno-almoço. Quero lá saber disso, este mundo para mim nada tem de novo. Eu só sei que nada sei, de modo que não é uma porcaria de um email que me vai afectar. Assim como assim, isto é tudo uma ilusão. Esta gente pensa que descobriu o mundo virtual agora - pobres coitados, eu rio-me da sua ignorância. Eles sempre viveram no mundo virtual. Não passamos de sombras. A Ideia está lá no alto, a rir-se de nós. O Arquétipo não é para toda a gente. E andam estes todos contentes, a pensar no facebook, a analisar o facebook, como se isso fosse alguma coisa de novo. Pobres ignorantes.
Os Gregos é que davam bem a volta à internet, de facto. Numa luta entre a internet e os filósofos gregos, ganhavam os gregos à vontade.
E porém. Isto de me enviar emails é fenómeno que não cessa de me espantar e confundir. Os filósofos do século XIX e da escola romântica, soubessem eles desta invenção magnificente que é a Internet, e ficariam com certeza com a cabeça descontrolada, de tanto que teriam para dizer. Estou mesmo a ver o desespero acerca da perda da individualidade, a fragmentação da identidade. Tenta lá ser a flauta divina que Deus toca ao escreveres poemas num blog, ó Shelley. Fazeres uns copy paste deste e daquele, aqui e ali. E depois reencaminhares para ti próprio. Não há grande divindade nisso, pois não?
Mas, por exemplo, Schopenhauer. Considero que a internet e a possibilidade de enviarmos emails a nós próprios é coisa capaz de dar cabo da cabeça ao pobre Schopen. Hã? Então mas... que vontade é esta e ... solipsismo? Então como, se eu não sei onde está o meu Eu? Está no facebook? Está nos 10 endereços electrónicos diferentes? Está nos vários blogues que escrevo? Pois, agora assim de repente não consigo muito bem perceber onde é que está o meu Eu, e sendo assim isto do solipsismo ... se calhar convinha primeiro ver onde é que está a consciência de si e tal... talvez no facebook? O facebook parece-me bem, vou começar por lá e...
Pobre Schopen. Ainda bem que não nasceu nesta altura, se não andava para aí a bater com a cabeça nas paredes, desgovernado.
Os Gregos é que estariam muitíssimo bem preparados para a internet. O quê, mandar emails a nós próprios? Pffff, faço isso todos os dias ao pequeno-almoço. Quero lá saber disso, este mundo para mim nada tem de novo. Eu só sei que nada sei, de modo que não é uma porcaria de um email que me vai afectar. Assim como assim, isto é tudo uma ilusão. Esta gente pensa que descobriu o mundo virtual agora - pobres coitados, eu rio-me da sua ignorância. Eles sempre viveram no mundo virtual. Não passamos de sombras. A Ideia está lá no alto, a rir-se de nós. O Arquétipo não é para toda a gente. E andam estes todos contentes, a pensar no facebook, a analisar o facebook, como se isso fosse alguma coisa de novo. Pobres ignorantes.
Os Gregos é que davam bem a volta à internet, de facto. Numa luta entre a internet e os filósofos gregos, ganhavam os gregos à vontade.
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