Dantes, eu gostava muito da Juliette Lewis, devido principalmente a Natural Born Killers e àquela forma vagarosa, melosa, de falar. Gosto de pessoas que falam devagar (também gosto muito do discurso lento de Nicholas Cage, por exemplo, embora ele me tenha desiludido muito, e já escrevi sobre isso e tudo, portanto não vou dizer mais nada). Mas, dizia, a Juliette Lewis é lenta a falar, o que me agrada, porque eu falo demasiadamente rápido e ninguém percebe nada do que eu digo, de modo que a minha vida é um eterno problema de comunicação com os meus semelhantes.
À semelhança de uma outra actriz de que também gosto muito, a Chloe Sevigny, esta Juliette tinha uma veia rebelde bem cheia e pulsante, e fazia filmes não propriamente bons, mas meio estranhos, como o NBK, o Kalifornia (com o seu namorado da altura, Brad Pitt - não que eu seja dada à coscuvilhice, mas gosto de saber estas coisas), e até o Cabo do Medo, que ainda hoje acho um bocadinho intenso.
Como eu sempre quis ter esta veia rebelde pulsante, mas infelizmente nunca tive, gostava de ver a Juliette a trabalhar. Vi-a no Husbands and Wives do Woody Allen e gostei muito dela, daquela beleza-feia que ela tem.
Hoje em dia, sei que tem uma banda, Juliette and the Licks, mas não acho que sejam grande coisa. Para mim, a Juliette é para ser apreciada no cinema, com aqueles olhos rasgados e estranhos, aquele sorriso meio feioso mas ao mesmo tempo bonito, o discurso vagaroso, o ar mal comportado. Gosto dela assim e espero que volte depressa.
1 comentário:
Eu tambem gostei dela no Natural Born Killers e nunca mais me esqueci do seu papel em Strange Days, talvez tenha vindo daí a sua ideia de formar uma banda...
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