Acho que, se amanhã também estiver a chover e não fizer sol, como os bolos todos da pastelaria mais próxima e choro até que a voz me doa.
A minha loucura pode chegar a um ponto tal que me obrigue a comer uma bola de Berlim. Pode, pode. Não respondo por mim, se estiver a chover e se for à pastelaria e lá estiver uma rechonchuda bola quentinha, branqueada de açúcar com creme em ondas e a transbordar.
Vou sentar-me a um canto, enquanto lá fora chove, e vou chorar muito, muito, muito, muito, embrenhada na minha loucura, a comer a minha bolinha de Berlim.
Tenho tantas saudades do sol.
Tenho tantas saudades do sol.
2 comentários:
Também eu, minha linda!
Sol! SOL!
Desculpa a familiaridade, não é falta de chá ou deseducação. É uma grande ternura de alguém que já foi jovem como tu e admira as tuas prosas leves/pesadas/profundas/fúteis/alegres/tristes... um mundo!
Volta e meia passo por esta rua da abadia. Enquanto não for fechada ao trânsito...
Cada vez que me lembro que nos campos de concentração quase não havia diabéticos e eram magros, até me apetece ser judia e que o Hitler voltasse. Salvo seja.
Mas o nosso mundo também não está bem, para quem não se controla com facilidade.
(olá, Rita!)
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