Há um tempinho atrás, teria eu, talvez, uns nove anos, veio o Carnaval e a minha avó deu-me a mim e ao meu irmão dinheiro para comprarmos bisnagas. O meu irmão comprou uma bisnaga de preço mediano, ainda ficou com troco para pastilhas e atingiu toda a gente com um esguicho poderosíssimo e afinado que ia daqui até à China. Eu gastei o dinheiro todo numa bisnaga com um ar potente, com uma coisa de plástico intumescida e complexa que, alegadamente, aumentava a quantidade e a força do jacto. Partiu-se à primeira utilização e a culpa nem sequer foi minha. Foi do material em si, que, como tantas outras coisas na vida, era caro, de manutenção difícil, e não merecia o trabalho que dava.
Aprendi desde tenra idade que o dinheiro não compra felicidade nem eficiência. Também aprendi que o que é complicado demais não vale a pena. Mesmo que sejam pessoas.
Aprendi desde tenra idade que o dinheiro não compra felicidade nem eficiência. Também aprendi que o que é complicado demais não vale a pena. Mesmo que sejam pessoas.
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