Normalmente, não gosto de palavrões. Acho que a língua portuguesa tem muitos recursos, todos eles de grande expressividade e até comicidade, que substituem perfeitamente os palavrões. Mas, devido talvez ao facto de estar extremamente "stressada" (fiz ontem cinco testes de stress na internet e o resultado foi sempre invariável: "you're extremely stressed. Please click here for a full list of doctors and clinics in your area" - eu cliquei e fiz várias marcações para vários médicos nigerianos que descobri serem meus vizinhos, e até já paguei as consultas e tudo, custou-me os olhos da cara mas há-de valer, com certeza, a pena), dizia, devido ao meu profundo stress, reparo que, em ambientes de familiaridade, digo mais palavrões.
E agora compreendo, enfim, a grande necessidade de haver palavrões na língua, em qualquer língua. É que, por vezes, certas tristezas só podem ser descritas com um bem empregado palavrão, ou, em linguagem técnica que é para amenizar, um belo "expeletivo".
A minha questão, porém, é - que poderei fazer para me penitenciar e para entrar no bom caminho da graça linguística, deixando de parte os pecaminosos palavrões? É esta a questão que agora me angustia, que me provoca mais stress e, consequentemente, me faz empregar mais palavrões.
Merda, pá, e agora...
1 comentário:
Até acho que dizer asneiras deve ser muito terapeutico, mas a mim nunca me saiem da boca. Por acaso tenho pena.
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