Está-se em Outubro e eu só consigo pensar em Agosto. Julho, pronto.
Está-se em Abril, como agora, e começo a ficar mais contente porque Julho está quase aí. Se me puser a pensar que ainda faltam 3 meses para Julho, fico deprimidíssima.
Só consigo viver a minha vida em permanente countdown para o Verão; se me falha o countdown, e se, por um momento, me ponho a pensar o mundo real é a vida como ela é, e não as férias, não consigo agir nem funcionar, e deixo que a tristeza tome conte de mim. Prefiro pensar que a vida só existe nas férias, e que todos os outros indiferentes, rápidos meses não passam de prelúdios pouco importantes.
Passo os meses normais num estado de pré-vida, em preparação para a verdadeira vida, que chega apenas com as férias e que, do mesmo modo, parte com o fim das férias.
Não sei se é assim para toda a gente. Se não for, talvez as pessoas me possam explicar como é que fazem para aguentar o estado de pré-vida porque eu, sinceramente, não lhe encontro piada alguma e vejo nisso parco interesse.
Talvez o sucesso dos centros comerciais se explique assim, é onde a gente vai passear para nos esquecermos que ainda não estamos de férias, que a festa ainda não começou, que o restaurante ainda não abriu e estamos à espera cá fora, ao frio.
Passo os meses normais num estado de pré-vida, em preparação para a verdadeira vida, que chega apenas com as férias e que, do mesmo modo, parte com o fim das férias.
Não sei se é assim para toda a gente. Se não for, talvez as pessoas me possam explicar como é que fazem para aguentar o estado de pré-vida porque eu, sinceramente, não lhe encontro piada alguma e vejo nisso parco interesse.
Talvez o sucesso dos centros comerciais se explique assim, é onde a gente vai passear para nos esquecermos que ainda não estamos de férias, que a festa ainda não começou, que o restaurante ainda não abriu e estamos à espera cá fora, ao frio.
2 comentários:
Durante um certo período na minha vida, ansiava pelas sextas-feiras para apanhar o comboio que me levava a casa. Todos os dias eram um sacrifício, especialmente segundas e quintas. Isso acabou, porque realmente não dá para viver assim muito tempo. Hoje, anseio por chegar a casa todos os dias. E, se calhar, é pela certeza de que tenho uma casa e uma cama à espera que aguento:)
Não dá para viver muito tempo assim, pois não. Concordo.
Há que encontrar, rapidamente, uma alternativa.
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