segunda-feira, 26 de abril de 2010

Endireitar a vida

Bom.
Chegou a hora de dar uma volta à minha vida e começar a andar com as coisas para a frente, que o mundo é um lugar duro e, como diz a canção que ostenta o meu nome, cerra os dois punhos e andou.
De modo que se aceitam ideias para uma trash-novel com laivos de falsa intelectualidade e com uns quantos name-droppings incisivos, para agradar a um largo espectro de leitores, isto é, os leitores mais exigentes satisfazem-se naquela atitude de sobranceria que lhes é comum (ó rapariguinha, isto de que tu falas também eu conseguia escrever e muito mais, pá, mas pensas que és a única a conhecer o Noam Chomsky ou quê) e os leitores menos exigentes satisfazem-se a pensar que são espertos por conseguirem ler tão bem e tão rapidamente um livro que até fala do Noam Chomsky (atenção: estamos aqui a falar da dupla versão de Noam Chomsky, o comentador político e o linguista. Uma coisa com nível).
Prometo uma recompensazita de aí uns 2%, o que é avultado, porque o livro vai vender milhões e vai ser traduzido, no mínimo, para espanhol. Estamos a falar de Brasil e restante América do Sul a comprar.
Por enquanto, estou a pensar num romance que começa com uma trintona meio intelectual, tipo galeria de arte ou universidade, na cama com um falhado qualquer com problemas de droga; o falhado é super giro, mas estraga-lhe a vida toda e envergonha-a à frente dos amigos ricos e intelectuais.
Como se constata, isto precisa de ser apimentado, de modo que, como disse no início deste post, aceitam-se ideias e sugestões.
Bem-haja, muito obrigadinha.

2 comentários:

fado alexandrino. disse...

Vir aqui e ler os post é como ir a uma esplanada á beira mar e beber um copo de vinho branco bem gelado.
Mas pode ser perigoso. Hoje fartei-me de rir com este post.
Minha senhora, menina, cara conhecida, simpática blogger (risque o que estiver mal) a sua magnifica ideia morreu antes de nascer.
Esse magnifico livro já foi escrito centenas de vezes, só a Margarida Rebelo Pinto já o escreveu umas dez vezes, depois há mais cem escritores portugueses que já se debruçaram, e caíram com grande estrondo, sobre coisas muito iguais.
Só há uma possibilidade.
Um casal normal, tipo homem e mulher que se amam que são fieis que ficam em casa á noite a ver televisão muito juntinhos enquanto o filho que é repositor no Continente, estuda calmamente no quarto para concorrer a um lugar público e a moça está numa ONG qualquer, na Costa do Marfim, perdão ainda é melhor na Faixa de Gaza como enfermeira a treinar para concorrer a Santa Maria.
E então, acontece o drama. Ele quer mais e inscreve-se num partido e começa a ficar fora de casa até cada vez mais tarde.
E prontos, agora é consigo.

Rita F. disse...

Essa ideia é gira, Fado, obrigada. O Mário de Carvalho, a propósito de inocentes que se inscrevem em partidos, tem aquele livro muito giro, "Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto", que se calhar já conhece. Acho que não consigo escrever melhor do que o Mário de Carvalho.
Mas vou tentar. :D