segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Relatividades

Volto a nao ter acentos no teclado. O que me faz sentir estrangeira em terra estrangeira e (este "e" leva acento) verdadeiramente o teclado, que nao me permite escrever a minha lingua com alguma dignidade.
Falar noutra lingua (leia-se, em ingles) e-me um tanto ou quanto indiferente. Estou habituada ao ingles, que se foi tornando, ao longo da vida, talvez mais intimo do que o portugues. Mas a escrita e (volta a levar acento) algo de muito diferente. Escrever em portugues faz muito mais sentido do que em ingles (a unica lingua estrangeira que me "e" quase tao proxima como o portugues). Escrever em ingles nao faz sentido nenhum, "e" uma escrita fria, quase cientifica. Tem muito pouco coracao.
Isto para dizer que o mundo dos transportes publicos "e" algo de fascinante. Se em Portugal escuto uma senhora ao telemovel a falar do filho que nao pode casar com a malandra da namorada, em Londres mal consigo discernir tres adolescentes oxigenadas e de unhaca comprida e pintalgada, a falar atabalhoadamente e muitissimo depressa, uma delas relativamente agastada porque uma colega da escola, aparentemente uma dickhead, a tinha tentado esfaquear na perna. Porem, e felizmente, o esforco fora em vao, ja que a adolescente, que agora se sentava com relativo conforto no autocarro, se tinha virado para ela e perguntado "what the fuck are you doing". Ao que parece, suficiente para que a outra desistisse da punhalada.
Jardim "a" beira mar plantado e tal.

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