O concerto de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto ontem, no Campo Pequeno, foi tão bom que nem tenho nada a dizer. Apenas que houve alguns problemas de som, o Fausto às vezes não se ouvia tão bem, mas nada de especial. Tudo o resto foi um exemplo de excelência. Vozes lindas, as destes senhores, poemas magistrais, a sonoridade da música popular portuguesa de que tinha muitas saudades sem nunca me ter apercebido - épico.
Gostei do concerto porque, além da música irrepreensível, a sensação de que ali estava a olhar para três exemplos da história da música portuguesa, e de Portugal também, foi indelével. Só tinha visto Sérgio ao vivo, nunca José Mário e muito menos Fausto, mais recluso, e estou contente por ter estado neste concerto histórico. Também fiquei contente com as palavras de José Mário Branco ao público - "contem connosco, para isto, e para o resto".
Apenas um reparo - o Barco Vai de Saída, canção gloriosa de Fausto, dessa também glória que é o álbum Por Esse Rio Acima, esteve flagrantemente ausente. Com todos os músicos, todos os instrumentos, um público absolutamente galvazinado, cantar o Barco teria sido, com certeza, uma apoteose. Terei de continuar a pular ao som desta canção em casa, ao invés de o ter feito ontem, no Campo Pequeno, como queria. Os meus pés ainda têm bicho-carpinteiro.
Apenas um reparo - o Barco Vai de Saída, canção gloriosa de Fausto, dessa também glória que é o álbum Por Esse Rio Acima, esteve flagrantemente ausente. Com todos os músicos, todos os instrumentos, um público absolutamente galvazinado, cantar o Barco teria sido, com certeza, uma apoteose. Terei de continuar a pular ao som desta canção em casa, ao invés de o ter feito ontem, no Campo Pequeno, como queria. Os meus pés ainda têm bicho-carpinteiro.
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