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Mas continuando. Desde adolescente que me interrogo se será verdade que "o amor é um momento em que me dou e tu te dás" e, ainda mais fundamentalmente, se será verdade que é possível ficar-se à espera "do melhor que já não vem, e a esperança foi encontrada antes de ti por alguém. E eu sou melhor que nada".
Eu queria que isto não fosse verdade. Mas assim em geral, acho que é. Acho que é fácil as pessoas, e eu também, contentarem-se não com o "melhor", seja isso o que for, mas com o possível. Pronto, não é o Príncipe Encantado, mas é Pobrezinho mas Honrado, e é isso que interessa, não é?
Não, não é. O Príncipe Encantado nunca serviu para nada, mas Pobrezinho mas Honrado, ou seja, contentarmo-nos com aquilo que, na vida, nos parece apenas "o possível" também não chega, muito menos se se está a pensar naquelas coisas que maior parte das pessoas quer fazer, ou sente que tem de fazer - casar, ter filhos, comprar casa, carro, ter um cão, gostar de ensopado de borrego, etc.
Nunca se deve fazer nada, ou deixar de fazer alguma coisa, porque se tem medo - foi esta uma das lições mais importantes que a minha mãe sempre me ensinou. Consequentemente, não se deve escolher ninguém, por um momento ou para o resto da vida, porque se tem medo de ficar à espera, de ficar sozinho ou sozinha, porque depois chego aos 40 anos e como é que é. Concordo com António Variações, o amor é um momento, sim, mas ou é daqueles momentos que nos abalam a vida ou não é. Se não for assim, não vale a pena. Mandem o Pobrezinho mas Honrado ir passear.
De modo que, e concluindo, concordo em absoluto com António Variações. É uma canção triste, mas é realista. Em geral, o que vejo é as pessoas decidirem as coisas pelo "isto é melhor que nada". Não deveria ser assim, digo eu, mas é o que acontece. Também já me aconteceu a mim. Depois percebi, e felizmente a tempo, que o Príncipe Encantado podia não existir (e ainda bem, porque aquilo do cavalo branco nunca me conveceu muito), mas que o Pobrezinho mas Honrado também não enche as medidas de ninguém. Mais vale irmos à nossa vida porque há muito mais para conhecer, muito mundo para explorar e, felizmente, gente muito mais interessante para nos entreter. Não há assim tanta gente - mas vai-se arranjando.
E portanto, o meu obrigado a António Variações por me ter aberto os olhos e não me ter poupado. A esperança foi encontrada antes de ti por alguém, mas qualquer alguém consegue encontrar a sua esperança.
E por aqui termino, que este post, além de não fazer a justiça que eu queria à grande canção de Variações, está digno daqueles conselhos da revista Maria que, pensando bem, talvez seja uma opção profissional que eu não deveria negligenciar. Se alguém trabalhar na Maria e tiver um email para onde eu possa enviar o currículo, é só dizer (4000 euros por mês a trabalhar de casa e todas as despesas pagas é o mínimo que me podem oferecer, estou já a avisar. Bem haja).
2 comentários:
Eh pá, concordo. Ficar com o amor que dá jeito, o do companheirismo, da paz e essas tretas,só faz gastar dinheiro em comprimidos para o enjoo,mais cedo ou mais tarde.O amor verdadeiro precisa de paixão, não me lixem! Seja ele rico ou pobre :)E depois toca a ser criativos para o manter, esse é o desafio.
Bute fazer crónicas pá Maria :)
glup
Estive a pensar e, em vez da Maria, acho que posso sonhar mais alto e arriscar-me talvez a uma Máxima ou isso assim.
Mas obrigadinha pelo apoio. :)
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