terça-feira, 22 de setembro de 2009

Problemática do Blogger Hipotético

Gosto imenso quando as pessoas me dizem "eu vou-te ser sincero/a", porque me parece comovente que alguém acredite, pelos vistos convictamente, na sua sinceridade, fazendo-me também, com tal candura, aceitar tal sinceridade.
Ora, eu vou também ser sincera para com as dignas pessoa que eventualmente lerão este post, apenas para dizer que sei que a série que encetei aqui no bloguezito designada por "Melhor Blogger Hipotético" não tem sucesso nenhum. Sei que não tem, embora não seja pelo facto de não ter comentários (há muitos posts aqui que não têm comentários, de modo que a ausência de reacção ao Blogger Hipotético não é novidade). Não tem sucesso porque a falta de comentários ao Blogger Hipotético não corresponde ao meu entusiasmo quando escrevo os posts. É dos posts que mais gosto de escrever, mas nunca ninguém liga nenhuma; nem mesmo os meus amigos, quando episodicamente vêm aqui ler a minha querida Rua, alguma vez produzem qualquer tipo de comentário ou crítica ao Blogger Hipotético. Passa-lhes completamente ao lado, o que me deveria obrigar a tirar as devidas ilações, e lá devidamente tiradas elas estão, mas eu prefiro ignorá-las.
Como me diverte muito, vou continuar a minha série de Blogger Hipotético, embora, e com as devidas distâncias, tenha a consciência de que começa a assemelhar-se àquelas séries de TV tipo Lost, que ninguém já tem pachorra para aturar (nem eu própria, apesar de todas as razões estéticas que me deveriam levar a ver o Lost). Um possível candidato será o marido de Virginia Woolf, o Leonard. Imagino-o um pobre homem (sei que não foi pobre homem nem homem pobre), aristocrata algo fleumático (que forma tão original de se descrever um inglês) convertido em dona de casa, a tentar dar algum sentido ao mar de depressão em que a mulher se afundava (a culpa não é da Virginia, claro - pensei que o Leonard a poderia tratar por "Ginny", eh eh). Mas ainda não sei bem como "abordar" a personagem.
Veremos. Pode ser que mude de ideias e escolha outra pessoa.
Foi este o meu momento de sinceridade. Acabou aqui.

3 comentários:

Xantipa disse...

(Não resisto a uma piada barata, mas a palavra de autenticação é «ropor»)

Vou ropor a verdade!
Não é verdade que ninguém ligue nenhuma!
Adorei o Marquês de Sade! Adorei o Caravaggio! Sim, claro, também gostei da Ema. E vou gostar da Ginny (eheheh).
Escreve!
Muitos beijinhos!

Rita F. disse...

:** :)

ecila disse...

Eu tenho adorado os posts! mesmo nao comentando ;-)