Cheguei à conclusão de que a filosofia de café, ou filosofia barata, é das piores coisas da vida. É que é insuportável.
Não gosto muito de verdades. Não gosto muito de textos e pessoas que se levam tão a sério que pensam que têm que dizer verdades em sentenças e aforismos, e abençoar-nos com a sua inteligência.
O Kierkegaard, por exemplo, disse o que tinha a dizer sem chatear ninguém e sem assumir aquele tom sentencioso das pessoas que pensam que têm verdades para dizer. As verdades não servem para nada, e da verdade dos outros não preciso - pelo menos, não me parece.
Estou como Salvatore Rosa, neste auto-retrato de que gosto muitíssimo, em que o pintor mostra uma nota com o seguinte dizer - "reduz-te ao silêncio, a não ser que fales melhor de que o silêncio".
(isto também se aplica a mim e aqui ao bloguezito, eu sei, mas pronto, vivo com isso; além disso, também eu me calarei, qualquer dia).
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