segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Globos de Ouro, alguns comentários modestos

Golden Globe celebrities enjoy meal of real gold as poverty tightens grip on US 

 Uma perspectivazinha  diferente sobre os Globos de Ouro neste artigo. Banho de ouro, que fabuloso.
Comentando a cerimónia em si, e apesar de o artigo referido me ter posto imediatamente de má vontade, enfim, acho que alguns dos filmes nomeados/vencedores são interessantes. Ainda não vi o Artist, nem sei se já estreou em Portugal, mas hei-de ver. Já vi o The Help, e apesar de ter gostado, não estou inteiramente convencida. O filme oscila entre uma crueza triste e um paternalismo irritante. Mas gostei do filme, sim, principalmente de Viola Davis. 

Uma das coisas de que gosto nos Globos é que estes apresentam a categoria de televisão. Houve vencedores seguros e bonzinhos, a Kate Winslet, a Modern Family (sem surpresas, já que esta série ganhou todos os Emmys que havia a ganhar), e reparo que houve uma actriz qualquer que também ganhou um prémio pelo desempenho na American Horror Story. Acontece que vi ontem, pela primeira vez, um excerto de um episódio desta série e fiquei aterrada, mas no mau sentido. A cena que vi constava de uma pobre senhora visivelmente grávida (de gémeos, como vim a descobrir), a tentar descansar na cama, e enquanto isto a pobre senhora é violentamente despertada por uma adolescente fantasma aos gritos e às asneiras, que entratanto chama um tipo num fato preto latex, que não percebi ser fantasma ou ser real, que começa a desenvolver esforços para violar - sim, perceberam bem - a pobre mulher grávida. ?! Hã? Então mas eu estou muito bem a tentar ver uma série que penso que mete assim uns fantasmas e tal, e depois tenho de levar com uma cena destas, que transcende em muito qualquer violência que se poderia esperar? Há alguém que veja esta série e que me possa explicar se isto faz algum sentido, ou se é mesmo violênciazeca barata e evitável? É que não vi ali grande mérito ficcional, sinceramente. Como se não bastasse, o marido da pobre senhora, com o auxílio da filha adolescente de ambos, chama as autoridades e faz com que a mulher seja enviada para um hospital psiquiátrico, ignorando, ao que parece, o visível facto de a pobre senhora estar visivelmente grávida. De modo que agora, se por um lado quero continuar a ver a série, por outro lado não quero.

Bom. É isto, desculpem a pobreza do post. Talvez tenha algo mais a dizer quando vierem os Oscars ou quando visionar, finalmente, o Midnight in Paris. 

2 comentários:

Tolan disse...

Detestei o midnight in paris, vi-o num avião e juro, por Deus, que não sabia que era do woody allen.

Rita F. disse...

Não me diga isso, ó Aloysius, que eu fico desmoralizada.
Mas hei-de ver o Midnight à mesma, é Woody Allen e hei-de ver. Se não gostar, não gostei. Paciência.
Beijito para si.