Estive a ver se encontrava, na Crónica Geral de Espanha, a narrativa da Batalha do Salado, em que o herói é o mestre da Ordem dos Hospitalários, que por acaso calha ser também D. Álvaro Pereira, o pai do Santo Condestável. Giro.
Neste episódio, em que está tudo ocupado a lutar contra os mouros, D. Álvaro está à procura de qualquer coisa de que eu agora não me lembro mas que é essencial para ganhar a batalha, e dizem-lhe algo que eu agora também não me lembro, mas que resulta no Mestre não conseguir encontrar o que procurava, que, como disse, não me lembro o que era. O que me lembro é que há uma frase magnífica em que se descreve o pesar de D. Álvaro pela aparente derrota, e que reza mais ou menos assim: "...e D. Álvaro foi d'esta muy coitado".
Tão lindo. Tão lindo, tão lindo.
Outra coisa de que me lembro é de ter gostado muito de todos os excertos da Crónica Geral de Espanha e dos Livros de Linhagens de D. Pedro que li. Não foram muitos, mas chegaram para compreender que a prosa narrativa medieval é encantadora, porque é ali que nasce tudo.
Este excerto do D. Álvaro muy coitado foi sublinhado por mim e tudo. E agora não o encontro de forma nenhuma. Deve estar enterrado algures, nas resmas e resmas infindáveis de papéis que por aqui pululam. É exasperante.
E deste me vou mui coitada. A Crónica está disponível online, edição crítica de Lindley Cintra, o Grande, de modo que se alguém souber novas do tal excertozinho, alvíssaras, ai Deus e u é.
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