Bom. Ouvi as notícias hoje de manhã na Antena 1, e entre outras coisas dizia-se que as queixas relativas ao sector privado de saúde superavam o número de queixas do sector público, em número elevado. Ok, registado.
Estou a passar os olhos pelo Público e deparo-me com isto:
Saúde: queixas diminuem no sector privado e aumentam no público
Hã? Então há um órgão de informação que me diz uma coisa e outro órgão de informação que me diz exactamente o contrário? O que se passa com os jornalistas dos órgãos de informação deste meu país estranho, que não sabem pintar e/ou fazer o seu trabalho? Fiquei agastada, e isto enquanto tomava o meu Milo quentinho. Estragar o Milo a uma pessoa não é correcto, especialmente considerando que nos tempos mais próximos não o vou poder beber, já que uma lata de 400g custa €4.99 e, sinceramente, também fico bem servida com o Nesquick ou Suchard. Não são bem a mesma coisa, mas pronto.
Continuando.Lembrei-me de continuar a ler a notícia. Achei boa ideia, pelo sim pelo não. E dizia-se, logo no lead, que Relatórios da Entidade Reguladora da Saúde mostram tendência de aumento das queixas no sector público, desde 2008. Mas ainda é no privado que mais se reclama.
Ah! Assim, sim. Assim, a gente já percebe. Tudo uma questão de perspectiva, não é? A perspectiva é a base. É a basezinha. Daí eu ter-me lembrado deste grande anúncio, que deixo abaixo.
Obrigada pela atenção. Fim.
2 comentários:
É desesperante a falta de qualidade que os jornalistas pós-modernos dão todos os dias.
Como é que se pode comparara dados de duas entidades que tratam dois universos completamente diferentes.
Quantos utentes tem o Serviço Público? E o Privado quantos tem? Quantos actos médicos se fazem num e noutro? E por aí adiante.
Repare no título de hoje do DN "Rodeo racista contra Obama indigna americanos" e no fim vem a verificar-se que foi um protesto como há milhares todos os dias. Ainda bem que alguns leitores chamaram burros aos jornalistas que escreveram a notícia. Concordo.
Sim, concordo com o que diz (apenas não chamaria burros aos jornalistas, porque tento ser solidária com eles :) ).
Não há notícias isentas, mas algumas são mais flagrantes que outras. Não se pode cometer o erro de pensar que o público é, ele próprio, burro.
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